quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

História


Por Marina Mendonça [i]
Colaborou Profª Letícia Tavares[ii]


 
Ao descer das árvores o homem já começa a desenvolver raciocínios que levavam a práticas mais organizadas e inteligentes para conseguir alimento. A necessidade de buscar recursos na natureza para suprir a despensa, fez desabrochar na humanidade que ainda caminhava na noite dos tempos, recursos de caça conjunta, desenvolvimento de ferramentas e de tecnologias que a um só tempo burilavam o pensar e a razão e ampliava as possibilidades de formação de grupos familiares. Daí para as comemorações acontecerem em torno de rituais que envolviam alimentos foi um pequeno passo, mesmo que contado em eras.
Os alimentos, além de necessidade vital para o ser humano, é fonte de prazer. O desenvolvimento da agricultura e da pecuária demonstram o quanto o ser humano se especializou na sua busca por estabilidade alimentar. Pode-se dizer que a busca que desenvolveu a caça conjunta, também providenciou o engenho para o aparecimento das primeiras indústrias alimentícias artesanais. Ou pôr a carne do mamute para secar ao sol já não era o embrião da preparação e conservação dos alimentos?
As grandes mudanças que ocorreram no mundo, como não poderia deixar de ser, afetaram a indústria de alimentos, e dando um salto no tempo, vamos encontrar o processo iniciado pela Revolução Industrial transformando radicalmente a relação do homem com a produção de alimentos, essas mudanças afetariam grandemente a sociedade até então primordialmente agrária. Seja pelas suas novas necessidades em relação ao tipo de alimento disponível, seja pela necessidade de comer de modo diferente, fora de casa, longe da família, o que se nota é que a substituição do homem pela máquina em muitos postos de trabalho, fará seus estragos, mas criará muitas inovações. O homem cria e inova quando exposto a desafios.
A aplicação de novas tecnologias na indústria, acompanhadas de crescimento estável do padrão de vida dos consumidores, nos anos posteriores, pode ser contado como outro elemento de transformação na história dos alimentos. Novos métodos e tecnologias de conservação franqueiam o aparecimento de novos produtos. Sistemas mais ágeis de distribuição garantem alimentos mais frescos e mais saudáveis. Não se pode esquecer de que a revolução verde que tanto benefício trouxe ao mundo desde a década de 1970, trouxe também o lado negro da força para nossa mesa: hoje estamos reduzidos a poucas variedades que frequentam a mesa do consumidor, em nível mundial. As variedades crioulas têm sido preservadas a alto custo, devendo a iniciativa a um esforço mundial para que essas espécies não se percam em face das novas variedades surgidas na esteiras dos melhoramentos genéticos.
Daí a importância de se formar profissionais na área de Alimentos.
Atendendo a essa demanda, é criado o curso de Tecnologia de Alimentos no Instituto Federal Goiano campus Urutaí, com a primeira turma iniciando-se em agosto de 2006. O curso é oferecido anualmente e tem duração de três anos. Ao terminar o tecnólogo, o egresso pode especializar-se em cursos de pós-graduação na área, podendo igualmente ingressar no mercado de trabalho com formação humana necessária para discutir e repensar sua prática, com ética e seriedade profissional.
Além das aulas teóricas com professores de alto nível de formação, a instituição propicia laboratórios modernos, com instalações apropriadas para a construção do conhecimento de práticas de industrialização em frigoríficos, laticínios, processamento de frutas e hortaliças, cozinha industrial, padaria, montagem de fabricas dentre outros.
O Tecnólogo em Alimentos (TAL) desenvolve um conjunto de saberes relativos aos processos de industrialização dos produtos de origem vegetal e animal. Os profissionais são qualificados para gerenciar, administrar e aplicar esses saberes na indústria alimentícia, desenvolvendo e usando as pesquisas tecnológicas, aprimorando as condições de segurança, a qualidade dos alimentos, a saúde dos consumidores, de modo sustentável, preservando o meio ambiente.
Visite o site do IF Goiano campus Urutaí e saiba mais.



[i] Aluna do 3º período de curso Tecnólogo em Alimentos do IF Goiano campus Urutaí.
[ii] Professora de Língua Portuguesa e Inglesa do IF Goiano campus Urutaí.